Quando criança, sonhava em ser astronauta, cantor de rock, bombeiro. Também sonhava ser engenheiro (sem saber que era esse o nome) para criar um carro voador que voasse baseado em magnetismo (devia ter seguido essa linha? rs) e, pasmem, arqueólogo. Não fazia o menor sentido estudar arqueologia no Brasil – na época, só havia um curso disso no Nordeste – mas eu era apaixonado pela história das primeiras civilizações. Ainda sou, na verdade. Mas arqueologia não me daria ganhar dinheiro, já que a única forma de trabalhar com isso no Brasil seria virando professor. E eu, definitivamente, não queria isso pra minha vida.
Ah, a vida, essa brincalhona.
Acabei caminhando na direção da tecnologia da informação, sistemas e, mais tarde, administração e estratégia. E virei professor.
(in)Felizmente, essa chama criativa – que costumo chamar de meu lado adolescente rebelde – permaneceu vivo e acabo por utilizar um pouco disso no meu trabalho até hoje – e espero que continue assim.
Dado esse contexto, há um TED Talk que acabou se tornando o meu preferido – e o conheci, justamente, enquanto preparava um workshop sobre Criatividade para Administradores na Universidade Mackenzie (SP).
Com vocês, sir Kenneth Robinson: Será que as escolas matam a criatividade?
É óbvio que quero que meus filhos vão para a universidade, que cursem aquelas hard sciences, sejam bem sucedidos profissional e financeiramente. Mas também quero que sejam felizes, saudáveis, que dancem – e não sejam um robô como o pai – e que sejam criativos, imaginativos, sonhadores.
Não é apenas uma questão de repensar a escola, o ensino, mas também de refletir sobre o que os pais, professores, famílias, alunos e sociedade esperam desses cidadãos em formação.
Para refletir…
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