Redes Sociais fora do ar

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Venho dizendo aos meus alunos que o “fenômeno” das redes sociais não é nenhuma novidade. Ao contrário, é até bem antigo: existe desde que o primeiro humano falou com outro humano a começaram a criar um “laço” entre eles. Na verdade, Carlos Drummond de Andrade falava dele 15 anos antes de nascer a internet:

Quadrilha
1954, Carlos Drummond de Andrade

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história

Conrado Adolpho, do iMasters, publicou recentemente um texto que fala um pouco sobre isso, onde questiona se redes sociais são tendência ou modismo. Uma boa leitura.

Abaixo, por fim, vai o material que usei nas aulas sobre Mídias Sociais. Começo com uma breve explicação sobre o conceito de Redes Sociais e depois trabalho um pouco a idéia de mídia tradicional, sua mudança para o conceito de mídias sociais e, por fim, alguns (poucos) casos recentes nesse ambiente. Foram duas aulas nessa discussão e achei interessante o resultado: no fim, já tinha gente querendo analisar se os amigos e namoradas(os) tinham laços fracos ou fortes.

Eu de analista? No way!

É mais fácil

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É mais fácil punir que ensinar. Não que seja o melhor no longo prazo, mas certamente é mais fácil.

A mãe ou pai que prefere bater no filho ao invés de sentar e conversar. O colega que prefere pegar o serviço e fazer ao invés de ensinar como fazer. O professor que prefere bombar um aluno a sentar com ele e se dedicar a ensinar.

E, é dos professores e acadêmicos, que chega esta notíciaBibliotecária americana bane Wikipédia da vida escolar.

Uma bibliotecária de uma escola no estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos, bloqueou o acesso dos alunos de primeiro grau aos servidores da Wikipédia a partir dos computadores da biblioteca. Linda O’Connor, da Great Meadows (N.J.) Middle School, que há anos se opõe à enciclopédia online, decidiu tomar a dianteira e, além de banir o acesso dos usuários ao endereço, também distribuiu cartazes sobre os computadores com os dizeres “Just Say ‘No’ to Wikipedia” (”Apenas Diga ‘Não’ à Wikipédia”), lema semelhante ao da popular campanha antidrogas criada por Nancy Reagan que dizia “Just Say ‘No’ to Drugs”.

wikipedia[1]A razão, compreensível e justificável: muitos alunos usam a enciclopédia virtual como fonte única de trabalhos. Também sofro com isso (para quem não sabe/lembra, sou professor). Mas não é apenas a Wikipedia. Muitos alunos apenas copiam e colam trabalhos prontos da net. Felizmente (para mim, e até para eles) eu conheço “um pouco” de tecnologia e sei identificar um trabalho copiado. É zero sem pensar. E eles sabem… os que arriscam, raras vezes se dão bem.

Mas, pq me dou esse trabalho (de pesquisar as fontes dos trabalhos de meus alunos)? Porque quero que aprendam a fazer, não quero joga-los na fogueira e dizer “se vira”. A vida se encarregará dessa parte. Enquanto estão comigo, quero apenas que aprendam.

Nesse ponto, vejo valor na Wikipedia como ferramenta de inicio de uma pesquisa, de sondagem de um tema. Eu mesmo faço isso, sem crise de consciência. Mas, quando a coisa é séria, procuro fontes mais confiáveis.

E sobre confiabilidade, vai outro cutucão: quem disse que “outras fontes” tem informações “imparciais”? Sinceramente, penso que imparcialidade é apenas uma utopia humana.


Texto original em Na Toca da Cobra do dia 28-Nov-2007

Literatura em 140 caracteres?

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“A meninada precisa ser seduzida. Ler pode ser divertido e interessante, pode entusiasmar, distrair e dar prazer”
Lya Luft


Li um texto da Lya Luft na Veja da última semana. A frase que vai acima é parte do texto e reflete uma preocupação que tenho como docente. Pode ser algo pessoal, mas entendo que, como docente, tenho uma missão maior do que simplesmente ensinar um conteúdo. Acredito que tenho que instigá-los a investigar, pensar, questionar. Utopia ou missão, não sei e não me preocupo em saber. Ajo e ponto.

Um grande desafio é auxiliar na transformação de uma “geração 140”¹ em leitores. Indepentende da obra – eu mesmo não tenho paciência para alguns “clássicos” – o hábito da leitura tem vantagens inúmeras. Além de treinar a mente,

Twitter

Twitter

enriquecer vocabulário, melhorar a escrita, a leitura pode proporcionar incontáveis horas de diversão a um custo muito baixo. Tão portátil quanto alguns celulares, um livro ainda tem a vantagem de não ser um objeto de desejo da maioria dos ladrões – o que é uma pena. Pode ser usado no metrô, em casa, na escola/faculdade, enquanto espera alguém no shopping… até mesmo no banheiro!

Há quase 2 anos faço uma experiência com meus alunos de 2º período na FIT. Essa turma tem comigo a disciplina de Fundamentos de Tecnologia que, apesar de ser tecnologia, é um conteúdo um pouco cansativo as vezes. Há alguns semestres, identifiquei que a média de leitura da sala era similar à média de leitura do brasileiro (algo em torno de 1,7 livros ao ano). O número não assustaria se não estivessemos falando de jovens com uma condição social estável e na maior capital do país. Eu me assustei. Esse número se repete em outras turmas e, por conta da missão que citei antes, propus-lhes um trabalho: indiquei alguns livros de ficção científica e tecnothrillers e desenvolvemos um trabalho de análise do ambiente tecnológico… do livro! Dan Brown, Michael Crichton, Asimov, Orwell tornaram-se nossos companheiros durante cerca de dois meses. Nas últimas apresentações, trouxemos de volta o “elemento 140”: com os slides online, fazíamos comentários e interagíamos com a apresentação através do Twitter. A experiência é incrível!

É interessante notar que, ao contrário do que muito se fala por aí, esses jovens podem, sim, tornarem-se leitores assíduos dos livros – e livros não necessariamente de papel, mas e-books, blogs e outros. Concordo plenamente com Lya Luft: eles precisam ser seduzidos. Não enganados, mas apresentados a outras possibilidades de leitura.

Fazer isso sem preconceitos e entendendendo as necessidades dessa geração é uma tarefa difícil, mas recompensadora.


¹ – Geração 140 é uma referência a aplicações internet como o Twitter, onde o usuário posta mensagens curtas que são acompanhadas por milhares de pessoas ao redor do mundo. O número de caracteres (140) é baixo pois segue a filosofia da mobilidade e praticidade, tendo como objetivo inicial ser usado com mensagens SMS em celulares.

Twitteravaliação

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Ontem, durante as apresentações dos alunos do 1º semestre da FIT, valendo as notas do 2º Bim, fizemos uma experiência (eu e os alunos). Enquanto os grupos se revezavam nas apresentações, os demais acompanhavam, via Twitter, os comentários do professor. Tinham a oportunidade de clicar nos links das apresentações e comentar também os trabalhos dos colegas. Para mim, além de propiciar uma experiência interativa com a turma num momento que normalmente seria de baixa interação, foi legal ver os comentários dos colegas acerca dos trabalhos. Sem contar, também, que foi uma experiência divertida.

Creio que, finalmente, tenha encontrado uma boa utilidade para o Twitter.

Gostaria de saber da turma: que acharam?

Socialmente em Rede

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Na onda das redes sociais, não resisti e acabei criando a minha. Sim, não, ops… não bem “minha”, mas um espaço para relacionamento com os alunos e ex-alunos. Optei pelo Ning (quem esteve na palestra de quinta-feira, deve lembrar).

Deixo o espaço aberto para vocês lá. Como ainda estou montando, configurando, ainda não sei quais as melhores features. Vamos construir isso juntos. Fiquem apeople-and-globevontade para montar os grupos de suas turmas, faculdades, até mesmo de trabalho. Criei apenas uma para testar.

Espero por vocês lá…

Palestra com Marcelo Vitorino na FIT

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Em tempos de negócios virtuais, os tradicionais modelos de negócio com forte apelo mercantil, onde há a presença de um comprador que paga por um produto e  um vendedor que recebe por isso, deixa de ser a única remuneração de um negócio. A internet abre possibilidades inexploradas até então e, em muitos casos, ainda confusas e carentes de entendimento.

Para conversar conosco sobre esse assunto, Marcelo Vitorino estará na FIT –Marcelo Vitorino, do blog Pergunte ao UrsoFaculdade Impacta de Tecnologia na próxima quinta-feira, 19 de Março, a partir das 19:30 h no Auditório. Sócio da Insight Publicidade e fundador do InBlogs, é um dos blogueiros mais conhecidos de São Paulo com o blog Pergunte ao Urso, e ministra palestras em eventos como Campus Party 2009 e no Fórum de Mídias Digitais 2008. Ele conversará conosco acerca de novos modelos de negócio que surgem ao redor do ambiente virtual, formas de geração de receita e estratégia integrada de negócios.

Quando? 19-Mar-09 as 19:30
Onde? FIT – Faculdade Impacta de Tecnologia
Rua Arabé, 71 – Vila Mariana

Obs.: Aos alunos do curso de Administração de Empresas da FIT, as palestras ministradas nessa e na semana seguinte valerão 5 horas de Atividade Complementar

Ao vivo na WEB

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No último semestre de 2008, propus uma espécie de desafio a alguns alunos. Eles haviam chegado tarde para a apresentação de um trabalho e já estavamos com o horário estourado. A princípio, eles tomariam bomba na apresentação e pronto. Mas propus-lhes um desafio: eles deveriam agendar uma apresentação online com a sala e realizar. Assim seriam avaliados. Mesmo que a audiência fosse baixa, seria interessante vê-los resolvendo esse problema. O resultado? Muito ruim. Eles gravaram um vídeo, tentaram subir no youtube e não conseguiram em função do tamanho. Foram avaliados sem a nota de apresentação e a história terminou por aí.

Nessa semana, porém, descobri uma ferramenta que os teria auxiliado, é o Justin.tv. O site, uma espécie de Youtube ao vivo, transmite o conteúdo da webcam do usuário para milhões (quiçá bilhões) de usuários ao redor do globo. A principal diferença em relação ao maior site de vídeos do mundo é a possibilidade de exibição online. Dessa forma, uma palestra online pode ser feita com interação e questões dos usuários. Ou uma reportagem exibida on-line por um grupo de estudantes. É praticamente um canal de televisão, com a diferença que cada usuário pode ter o seu próprio canal e transmitir o próprio conteúdo. A solução não é complexa, sequer é nova, mas acredito ainda haver grande potencial em função da possibilidade de interação.

Para quem precisar da ferramenta um dia, fica a dica


Após criar o post, fui procurar outras opções com serviços semelhantes e encontrei o Mogulus